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terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Físicos dizem ter encurralado a "partícula de Deus".


Bóson de Higgs seria responsável por massa dos átomos.
Dados foram apresentados na Suíça nesta terça.

Marília Juste e Mário BarraDo G1, em São Paulo

Os físicos do Centro Europeu de Pesquisas Nucleares (Cern, na sigla em francês) "encurralaram" a partícula conhecida como “bóson de Higgs” – apelidada de “partícula de Deus”, segundo anúncio feito nesta terça-feira (13), em Genebra, na Suíça. Os pesquisadores ressaltam, no entanto, que não há dados suficientes para se confirmar que ela foi “descoberta”.
O “bóson de Higgs” é uma partícula hipotética que seria a primeira com massa a existir após o Big Bang e responsável pela existência de massa em outras partículas do Universo. Para encontrá-la, os cientistam colidem prótons (que ficam no núcleo dos átomos) e procuram entre as partículas que surgem desse impacto.
Dois grupos independentes procuram o Higgs no Grande Colisor de Hádrons, do Cern, na Europa: o Atlas e o CMS. Eles não têm acesso aos dados um do outro e apresentaram seus resultados no mesmo simpósio nesta terça.
A conclusão principal é que os cientistas ainda não acharam o Higgs -- mas, se a partícula existe, eles agora sabem onde procurar.
Antes, é preciso entender uma coisa: os cientistas medem a massa das partículas como se fosse energia. Isso porque toda massa tem uma equivalência em energia. Se você calcula uma, tem o valor das duas. A unidade de medida usada é o gigaelétron-volt, ou "GeV".
Segundo o grupo Atlas, se o Higgs existir, ele tem uma massa entre 116 GeV e 130 GeV. Os dados do CMS mostram uma faixa bem próxima: entre 115 GeV e 127 GeV. Ou seja: é entre partículas nessa faixa de massa que os cientistas vão procurar.
O brasileiro Sérgio Novaes, da Universidade Estadual Paulista (Unesp), que é membro do CMS, sugere cautela na análise dos resultados. "Os dados não são conclusivos, a gente precisa lembrar sempre isso", afirmou ele.
Ilustração de uma colisão entre partículas promovida pelo acelerador LHC. É com experimentos como esse que os cientistas estudam partículas como o bóson de Higgs (Foto: Cern)Ilustração de uma colisão entre partículas promovida pelo acelerador LHC. É com experimentos como esse que os cientistas estudam partículas como o bóson de Higgs (Foto: Cern)
Apresentação
O primeiro grupo a falar foi o Atlas, com a italiana Fabíola Gianotti. Segundo ela, os cientistas já excluíram a possibilidade de encontrar o Higgs entre as partículas que têm entre 141 GeV e 476 GeV.
De acordo com a cientista, o grupo conseguiu reduzir a janela de probabilidade onde a partícula deve estar. Dentro dela, a região onde estão partículas com 126 GeV de massa parece ter indícios fortes da presença do Higgs .
Após o Atlas, Guido Tonelli, do CMS, apresentou os dados de sua equipe. Eles encontraram esses indícios mais fortes do Higgs em uma região um pouco abaixo, mas muito próxima: entre 123 GeV e 124 GeV de massa.
Segundo os pesquisadores, hoje há cinco vezes mais dados do que no momento da última conferência, há seis meses.

Modelo Padrão

Os físicos têm uma teoria para explicar as partículas elementares do Universo – aquelas minúsculas que formam tudo que existe. Essa teoria se chama “Modelo Padrão”.
O Modelo Padrão explica tudo que sabemos sobre o comportamento e o surgimento dessas partículas, menos uma coisa: por que elas têm massa? E essa é uma pergunta muito importante. O fato de as partículas terem massa é a razão pela qual qualquer coisa no mundo tem massa: o Sol, os planetas, eu e você.
É aí que entra o bóson de Higgs. Diversos físicos – entre eles um britânico chamado Peter Higgs – descobriram um mecanismo teórico que tornaria possível que as partículas tivessem massa. Esse mecanismo – batizado de “mecanismo de Higgs” – prevê a existência de um “campo” que interage com tudo que existe no Universo. Essa interação faz com que as partículas ganhem massa.
Para esse campo existir, é preciso também existir uma partícula especial e invisível. Os físicos pegaram essa proposta e aplicaram nos cálculos do Modelo Padrão e tudo fez sentido. A partícula invisível foi batizada em homenagem a Higgs.
arte boson (Foto: Arte/G1)
De lá para cá, todas as outras partículas previstas pelo Modelo Padrão foram encontradas, menos essa. Encontrá-la é tão importante que os cientistas construíram na Europa um gigantesco colisor de partículas, conhecido como Grande Colisor de Hádrons, que é a maior máquina já feita pelo homem.
Se, em vez de encontrá-la, os pesquisadores provarem, no entanto, que ela não existe, toda a teoria atual sobre a formação da matéria do Universo vai precisar ser revista.

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011


Sonda da NASA encontra indício convincente de água em Marte

Até o presente momento, a ciência ainda não encontrou nenhuma prova definitiva de que existe água em Marte. Ao longo das últimas décadas, o que se viu foi uma série de indícios, alguns mais fortes, outros menos. Mas uma sonda espacial americana, que está no Planeta Vermelho desde 2004, descobriu uma evidência convincente como poucas.
Três anos depois de pousar em Marte, a sonda Opportunity chegou a margem da cratera Endeavour, com 22 quilômetros de diâmetro e 300 metros de profundidade. Em determinado ponto, a nave encontrou um veio mineral, com 50 centímetros de comprimento e a largura de um polegar humano.
Este filete, de acordo com os especialistas, seria gesso acumulado após o depósito de água líquida, ao longo de milhões de anos. Tal conclusão foi tirada a partir de análises de câmeras sofisticadas e aparelhos de raio-X, que fizeram um perfil completo do que o gesso pode representar.
Tal achado representa uma das evidências mais fortes de água no planeta, por motivos essencialmente geológicos. Muitos indícios levam a crer, segundo os cientistas, que a água que um dia correu por ali fez uma fratura na rocha, e o gesso é um sedimento depositado paulatinamente. A sonda continua em atividade para aumentar as informações sobre a descoberta.

terça-feira, 6 de dezembro de 2011


Carro a hidrogênio


O aquecimento global é provocado pela poluição do ar.
Muitos carros soltam aquela fumaça que contamina o meio-ambiente, e hoje cientificamente eles descobriram um jeito de andar de carro sem poluir é o meio-ambiente.
É o caso de carros que andam movidos a hidrogênio, uma técnica que pode com certeza a preservar o nosso planeta e garantir pra todos nós uma vida mais saudável, com menos poluição.
Todos nós com certeza temos direito de ter uma vida saudável, uma vida com mais paz, mais alegria e muitas coisas boas.
Mas para que isso aconteça é necessário que cada um de nós faça a nossa parte que com certeza conseguiremos viver num melhor.
Muitas pessoas optam por andarem de bicicletas ao invés de carro, por que a fumaça que sai do escapamento dos carros polui nosso meio ambiente, e nos prejudica cada vez mais.
A fumaça do carro contém substâncias que fazem mal para a nossa saúde, e com certeza prejudica mais ainda o nosso meio ambiente fazendo com que o planeta esquente cada vez mais, e que a terra possa sempre manter quente, o que provoca pra nós um calor horrível, uma sensação de cansaço.
Tudo isso é causado pelo ser humano um animal que quando não modifica, estraga, e prejudica o meio em que vive não pára de desmatar florestas, derrubar árvores de fazer coisas absurdas a qual prejudica o nosso planeta.


Por que a fumaça dos carros polui?



CARANGOS POLUENTES
Andar nas ruas de uma cidade grande pode não ser um passeio muito gostoso. Muitas vezes nos sentimos em uma cortina de fumaça e fedor, barulho e confusão. Fica difícil respirar e ficamos sem fôlego. Parece até que estamos em um filme de ficção científica daqueles em que o futuro é aterrorizante.

Mas a poluição é real e não estamos no futuro _ o presente é que está se tornando... sufocante! Sem perceber, você já deve ter sentido a poluição do ar. É aquela fumaça malcheirosa e escura que faz o céu mudar de cor e a gente ter dificuldade para respirar. Os carros são a principal fonte de contaminação do ar: os gases que saem dos escapamentos são responsáveis por 40% da poluição nas grandes cidades!

Isso para não falar dos gases das indústrias, do efeito estufa e do buraco na camada de ozônio...

Você conhece o gás que sai dos escapamentos dos carros?
 




Carro cuspindo fumaça não é bom sinal. Os motores dos carros, movidos a gasolina, são chamados de motores a explosão porque lá dentro a gasolina é pressionada e se expande, causando um pequena explosão e gerandoenergia. Além de energia, a queima da gasolina libera um gás chamado monóxido de carbono (CO). É de doer: respirar esse gás faz mal para o coração, provoca náuseas, enjôo, dor de cabeça e prejudica os pulmões.

Existem boas saídas para poluir menos o ar. A principal alternativa para substituir o carro é o uso do transporte coletivo, como ônibus e metrô. Um ônibus carrega muito mais gente que um carro, certo? Então todas aquelas pessoas nos ônibus ajudam a ter menos carros nas ruas.

A mesma coisa acontece com o metrô, com a vantagem de que o metrô é um meio de transporte limpo, pois utiliza energia elétrica. Os trens do metrô não emitem gases poluentes.




http://www.canalkids.com.br

De onde surgiu o ser humano?


 

Como o Sol se formou?


O SOL 

  • Massa: 332.83 vezes a da Terra

  • Diâmetro: 1390000 km

  • Temperatura: 6000 C


  • Composição Química: Hidrogênio, Hélio, Nitrogênio, Carbono, neon, Ferro, Silício, Magnésio e enxofre
    O Sol é a estrela mais próxima de nós e ao seu redor giram 8 planetas, centenas de asteroides, dezenas de satélites, um grande número de cometas e cinco planetas-anões.
    O Sol é uma estrela devido à grande quantidade de massa que tem, de aproximadamente 334.672 vezes a massa da Terra e é constituído principalmente de hidrogênio e hélio.

    Onde fica o Sol
    Posição do Solno interior da Via-lácteaO Sol ocupa uma posição na periferia da Via-láctea, a 27 mil anos luz do seu centro. Isso corresponde a 2/3 do raio total da Galácia.
    A posição atual do Sol é conhecida como Braço de Orion, como mostra a imagem ao lado.
    Da mesma forma como a Terra gira ao redor do Sol, este também orbita ao redor do centro da Galáxia. O ano solar é de aproximadamente 200 milhões de anos terrestres e sua velocidade orbital é de 250 km/s. Sendo a idade do Sol de aproximadamente 4.6 bilhões de anos, é correto afirmar que até agora o Sol já realizou cerca de 22 revoluções completas ao redor da Via-láctea.
    A magnitude de uma estrela é medida supondo que estivesse a uma distância de 32.6 anos-luz. Se o Sol fosse colocado a esta distância, seu brilho seria semelhante ao de uma estrela de magnitude igual a cinco. Assim, o Sol é uma estrela de quinta magnitude.

    A formação do Sol
    Os estudos mais recentes ainda não explicam exatamente como o Sol se formou, mas uma das teorias mais aceitas diz que antes de existir o Sol e os planetas, o que existia no lugar do sistema solar era uma gigantesca nuvem de gases e poeira, bem maior que o sistema solar.
    Os gases dessa nuvem seriam os que conhecemos: oxigênio, nitrogênio e principalmente hidrogênio e hélio. A poeira seria formada por todos os outros elementos químicos: ferro, alumínio, urânio, etc.
    Foto do SolPor algum motivo ainda não explicado, essa nuvem encontrou condições adequadas para se aglomerar e se juntar em pequenos blocos, e que começaram a se juntar em blocos cada vez maiores.
    Acredita-se que o bloco que se formou primeiro no centro da nuvem ficou tão grande e pesado que sua força gravitacional tornou-se forte o suficiente para reter os gases com muita facilidade.
    Continuando a atrair os gases devido à forçao gravitacional, esse bloco aumentou tanto de tamanho e massa que acabou se transformado no Sol. Os blocos menores que se formaram ao redor do bloco central deram então origem aos planetas.
    Algumas pessoas pensam que os planetas são pequenas bolhas expelidas pelo Sol, pois os cientistas do século 19 e início do século 20 pensavam assim. Atualmente sabe-se que isso não é verdade e a teoria apresentada, de gás e poeira, é a mais aceita entre a comunidade científica.

    O Sol 
    Pela Lei da Gravitação Universal de Isaac Newton (1642-1727) é possível calcular a massa solar que é estimada em 334.672 vezes a massa da Terra, o que equivale a 1.91030 kg, com um raio de 700 mil km.
    A densidade média é 1.4 g/cm3, já que a matéria não é homogênea em seu interior. No centro solar a densidade é muito maior, enquanto que nas camadas externas é muito inferior.
    O seu eixo de rotação tem uma inclinação em relação ao plano da eclíptica de 7° 15''.
    Apesar da massa estelar ser centenas de milhares de vezes maior que a da Terra, a gravidade na superfície solar é somente 28 vezes maior que a gravidade terrestre.
    A superfície não é sólida mas sim em estado de plasma e gás e apresenta temperatura da ordem de 5770 graus Kelvin.
    O fato de o Sol ser basicamente um corpo constituído por um fluído (plasma e gás), provoca o fenômeno conhecido como rotação diferenciada .
    A velocidade dessa rotação varia nas diferentes latitudes com um valor máximo no equador (2 km/s) correspondendo a 25.03 dias e uma mínima nos pólos com um período de 30 dias.
    Essas informações só foram possíveis graças à observação das manchas solares, vistas mais adiante.
    O Sol representa 99.867% de toda a massa do Sistema Solar. O restante está dividida entre os planetas, asteróides, satélites e cometas.

    Como o Sol funciona 
    Quando só as reações químicas eram conhecidas para a produção de fogo e calor, acreditava-se que o Sol funcionava de maneira similar, até que os cientistas calcularam sua massa e quantidade de energia necessária para mante-lo aquecido. Constatou-se que se assim fosse, o Sol não duraria mais de 100 anos.
    Como o Sol é muito mais velho que 1 século, o mecanismo de geração de calor deveria ser outro, descoberto na primeira metade do século XX, a partir do estudo da energia atômica.
    Sabemos que quando um gás é comprimido, este tende a se aquecer. Para comprovar isso, experimente encher um pneu de bicicleta usando uma pequena bomba manual. Tanto o bico do pneu como a extremidade próxima da bomba se aquecem.
    Isso ocore por que o gás que está dentro da bomba é comprimido pela força que você faz para encher o pneu. Quando o pneu está quase cheio e você faz mais força, o gas fica ainda mais quente.
    Sabemos também que a pressão aumenta com a profundidade. Se mergulharmos 2 ou 3 metros dentro de uma piscina percebemos claramente o aumento da pressão em nossos ouvidos.
    No Sol, a pressão é milhões de vezes maior que a pressão na Terra. Para se ter uma idéia, no Sol pode-se afundar até 50 vezes o diâmetro da Terra sem que cheguemos ao seu centro.
    O hidrogênio, combustível principal do Sol, aos ser submetido à essa gigantesca pressão, chega a atingir temperaturas de até 15 milhões de graus. Nestas condições o núcleo do hidrogênio se funde e se transforma em hélio, liberando uma enorme quantidade de energia. Esse processo se chama fusão nuclear e produz milhões de vezes mais energia que as reações nucleares produzidas na Terra.
    Aqui na terra recebemos somente uma pequena fração de toda a energia que o Sol produz.
    Foi somente no século XX que os cientistas atingiram conhecimentos teóricos suficientes para elaborar uma teoria a respeito de toda a energia que o Sol irradia.

    A estrutura externa do Sol 
    O Sol é formado por três pricipais camadas: A fotosfera, a crosfera e a coroa solar.
    Aparentemente a olho nu ou com instrumentos de baixa precisão a superfície do Sol é bastante uniforme, mas na realidade ela é formada por pequenas estruturas hexagonais, os grânulos, de forma irregular e separadas por zonas mais escuras.



    A ESTRUTURA EXTERNA DO SOL 
    FOTOSFERA
    Aparentemente, à vista desarmada ou com instrumentos de baixa precisão, a superfície solar é bastante uniforme. Na realidade ela é formada por pequenas estruturas hexagonais, os grânulos, de forma irregular e separadas por zonas mais escuras.Verificou-se posteriormente que essas estruturas são topos de colunas ascendentes de gás aquecido que ao se resfriarem descem pelas zonas escuras vizinhas decorentes dos processos de convecção, que mistura o gás nas camadas inferiores a fotosfera.
    Estima-se que a diferença de temperatura entre os grânulos e as zonas escuras é de cerca de 1000 K.
    Como o campo magnético é muito intenso em certas regiões (pelos efeitos explicados anteriormente) as linhas ficam quase perpendiculares à superficie e a matéria tende a se mover ao longo das linhas, nesse caso, a matéria fica "confinada'' a elas. Com isso há um bloqueio no movimento convectivo e o plasma desloca-se verticalmente, acompanhando as linhas e não horizontalmente para descer pelas zonas escuras. Então reduz-se a propagação do calor em certas áreas, que se tornam mais frias que as áreas circunvizinhas, emitindo pouca radiação. Isto é que caracteriza as manchas solares na fotosfera.
    Constatou-se que o número de manchas solares (foto à direita) sofre variações periódicas e essas variações estão ligadas ao "Sol calmo" e ao "Sol ativo".
    Partindo do "Sol calmo", estágio de mínima atividade, observa-se que durante 4,6 anos há um aumento rápido das manchas atingindo um valor máximo. Após esse máximo transcorrem cerca de 6,4 anos onde se constata uma diminuição gradual nas manchas, atingindo novamente uma atividade mínima.
    No total entre um estágio de 4,6 anos de "Sol ativo" e o outro estágio de 6,4 anos de "Sol calmo" decorrem cerca de onze anos.
    Embora cada onze anos de atividade seja igual ao outro no seu aspecto visual, deve-se considerar que a polaridade magnética do Sol se inverte, ou seja, as manchas que ocorreram no hemisfério norte durante o "Sol ativo", irão ocorrer no hemisfério sul no estágio correspondente ("Sol ativo")e vice-versa.
    Com isso nós temos um período completo vinte e dois anos de atividades solares, quando então o ciclo recomeça.

    CROMOSFERA
    É uma região externa à fotosfera. A temperatura na cromosfera se reduz a partir da fotosfera até atingir 500 km de altitude com 4000 K e, então há novamente um aumento até atingir 9000 K a altitude de 2000 km quando se inicia a coroa. A observação da cromosfera, por muito tempo só foi possível quando ocorriam eclipses totais que encobriam a luz fotosférica. Só há poucas décadas desenvolveu-se um instrumento , o coronógrafo, que simula o eclipse solar total, e nada mais é do que um telescópio preparado com filtros e obstáculos especiais que permitem somente a passagem da luz da cromosfera e coroa.
    Ocorrem ainda as protuberâncias solares que se elevam da cromosfera para a coroa. Estas são visíveis sem instrumentos durante os eclipses solares totais, ou com o auxílio do coronógrafo. Essas protuberâncias podem ser eruptivas, de rápida duração, ou protuberâncias quiescentes que podem durar várias rotações solares. As protuberâncias possuem uma densidade muito superior à coroa circundante e temperatura de 10.000 a 20.000 K. Esses fenômenos são devido à assossiação de campos magnéticos que variam de 20 a 200 Gauss.
    Quando as explosões que dão origem às protuberâncias ocorrem, e isso aparece principalmente nas proximidades das manchas solares na fotosfera, é que se percebe a influência do Sol sobre a atmosfera terrestre. Tal atividade pode interromper as comunicações a longa distâncias. Ocorre que partículas com muita energia são lançadas ao espaço e atingem a Terra provocando uma ionização da atmosfera terrestre. Em consequência, a ionosfera (camada atmosférica terrestre) deixa de refletir as ondas de rádio emitidas pelo Sol para o espaço e as ondas de rádio das emissoras de volta para a Terra, podendo interromper as comunicações a longa distância. Grande parte da radiação emitida pelo Sol atenua-se na nossa atmosfera, a qual atua como filtro bloqueando as radiações mais prejudiciais a formas de vida na superfície terrestre.

    COROA
    É a camada mais impressionante do Sol e a mais extensa delas (abrange praticamente todo o Sistema Solar). A densidade da matéria nessa camada é cerca de 10 milhões de vezes menor que na fotosfera e diminui conforme se afasta do Sol. Em condições normais também não pode ser vista, pois a sua emissão de luz é um milhão de vezes menor que a luz da fotosfera. Pode ser visualizada em eclipses solares totais e com o coronógrafo. A Coroa pode ser distinguida em três regiões: Coroa interna com expessura 1,3 raios solares a partir da cromosfera; Coroa intermediária que vai de 1,3 a 2,5 raios solares e a Coroa externa de 2,5 a 24 raios solares. Ao longo da translação terrestre, a Terra caminha imersa na coroa solar, e a radiação presente nela (advinda do Sol) bombardeia continuamente nosso planeta. 





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  • A Criação do Planeta Terra

    COMO SE FORMOU O PLANETA TERRA?

     

    A Via Láctea é a galaxia onde está localizado o Sistema Solar da Terra. É uma estrutura constituída por cerca de 200 bilhões de estrelas e tem uma massa de cerca de 750 bilhões e um trilhão de massas solares.

    A Terra foi formada há aproximadamente 4,5 bilhões de anos, quando o Universo já beirava os 10,7 bilhões de anos e a Via Láctea, já existia há pelo menos 5,7 bilhões de anos. 

    Ao longo desse tempo, ela sofreu uma série de transformações que deixaram marcas bem definidas nas rochas o que permite dividir a sua história numa Escala Geológica de Tempo. 

    A forma da Terra é aproximadamente a de um elipsóide de revolução, com diâmetro maior, ao longo do equador, de 12.712km e um diâmetro menor, ao longo dos seus pólos, de 12.555km. 

    Estudos demonstraram que toda essa massa é formada de camadas concêntricas cuja constituição química e física difere entre si.

    O Núcleo, composto de ferro e níquel, tem uma espessura aproximada de 3.470 km, enquanto a Camada Intermediária, composta de sulfetos e óxidos, tem uma espessura média de 1.700 km. 

    O Manto, por seu turno, é composto por silicatos e ferro e tem uma espessura aproximada de 1.100km. 

    Apenas a Crosta, também chamada de Litosfera, é acessível à observação direta, sendo dividida em Crosta Superior, composta de sedimentos e granitos, com uma espessura variando de 15 a 25 km, e uma Crosta Inferior, composta de rochas basálticas, cuja espessura chega a atingir 75km.

    Cerca de 98% do peso da Crosta é composta de apenas oito elementos básicos, distribuídos conforme a seguinte tabela:

    ElementoSímbolo%
    OxigênioO49,2
    SilícioSi25,7
    AlumínioAl8,1
    FerroFe5,0
    CálcioCa3,4
    SódioNa2,6
    PotássioK2,6
    MagnésioMg2,1
     

    Os demais elementos ocorrem em quantidades mínimas, só podendo ser explorados quando são eventualmente concentrados por diferentes processos geológicos.

    A origem, a formação e as contínuas transformações da Terra, assim como dos materiais orgânicos que a constituem, são estudados pela Geologia, e que, como já visto, divide a história do planeta em eras geológicas. Essa eras correspondem a grandes intervalos de tempo divididos em períodos. 

    Esses períodos se subdividem em épocas e idades. Cada uma dessas subdivisões corresponde a algumas importantes alterações ocorridas na evolução da Terra, como pode ver na tabela abaixo:

    ERAPERÍODO / INÍCIOÉPOCAPRINCIPAIS EVENTOS
    CENOZÓICAQuaternário1,8 milhões de anosHoloceno
    (recente)
    - "Era do Homem". O homem torna-se a forma de vida dominante sobre a Terra.
    - Estabilização do clima.
    Pleistoceno- Glaciações mais recentes.
    - Domínio dos mamíferos de grande porte.
    - Evolução do homo sapiens
    Terciário 65 milhões de anosPlioceno- Avanço das geleiras.
    - A vegetação é dominada pelos campos e savanas.
    - Aparecimento de mamíferos ruminantes.
    Mioceno- Formação de grandes campos.
    - Mudanças climáticas levam a formação da calota polar Antártica.
    Oligoceno- Aparecimento de elefantes e cavalos.
    - Aparecimento de vários tipos de gramíneas.
    Eoceno- Surgimentos da maior parte das ordens de mamíferos.
    Paleoceno- Domínio dos mamíferos de porte pequeno a médio.
    MESOZÓICACretáceo
    146 milhões de anos
    - Primeiras plantas com flores, grupos modernos de insetos, pássaros e mamíferos.
    Jurássico
    208 milhões de anos
    - Pterossauros e primeiros pássaros.
    - Dinossauros vagueiam pela Terra.
    Triássico
    245 milhões de anos
    - Primeira aparição dos dinossauros.
    PALEOZÓICAPermiano
    286 milhões de anos
    - Primeiro grande evento de extinção em massa.
    - Formação do supercontinente Pangea.
    Carbonífero
    360 milhões de anos
    - Formação das enormes florestas de pteridófitas (samambaias) e o registro das primeiras gimnospermas (espécies com ementes).
    Devoniano
    410 milhões de anos
    - Aparecimento dos primeiros vertebrados terrestres, primeiros artrópodes terrestres, incluindo os insetos e as aranhas;
    - Expansão dos diversos tipos de corais;
    - Diversificação dos peixes.
    Siluriano
    440 milhões de anos
    - Estabilização do clima.
    - Derretimento do gelo glacial, elevação dos níveis dos oceanos.
    - Evolução dos peixes. Aparecimento dos peixes com mandíbulas;
    - Primeiras evidências de vida no meio terrestre, incluindo alguns parentes das aranhas e das centopéias, além das primeiras plantas vasculares.
    Ordoviciano
    505 milhões de anos
    - É conhecido pela ocorrência de invertebrados marinhos diversos.
    Cambriano
    544 milhões de anos
    - Segundo registros fósseis, este período marca o aparecimento da maioria dos grupos principais de animais.
    PROTEROZÓICA
    2,5 bilhões de anos- A formação das terras continentais se estabiliza;
    - Registro dos primeiros fósseis de organismos unicelulares;
    - Primeira evidência de oxigênio na atmosfera.
    ARQUEANA3,8 bilhões de anos- Formação de 70% das massas dos continentes;
    - Aparecimento dos primeiros organismos vivos anaeróbicos, isto é, utilizam metano ou hidrogênio no metabolismo, em vez de oxigênio.
    HADEANA
    Não é um período geológico. Não existem rochas na Terra, tão antigas.
    4,5 bilhões de anos- Formação do Sistema Solar.
    - Solidificação da crosta terrestre.
     

    No quadro acima está representada a passagem do tempo no sentido de baixo para cima, ficando na parte de baixo o representante mais velho. Esta, aliás, é a forma como as rochas normalmente se apresentam na natureza: a mais nova acima da mais velha.

    Desta forma, a Era Arqueana é mais velha que a Proterozóica e é mais nova que a Hadeana.

    Como é muito difícil raciocinar com intervalos de tempo da ordem de milhões de anos, na tabela abaixo o tempo geológico foi convertido em um período de apenas 24 horas. Na última coluna, vê-se a duração de cada período geológico na mesma escala de 24 horas. Veja:

    ESCALA GEOLÓGICA DE TEMPO (Conversão para 24 horas)
    ERAPERÍODOINÍCIODURAÇÃO (horas)
    EM ANOS24 HORAS
    CenozóicaQuaternário1.800.00023h 59min 25s00h 00min 35s
    Terciário65.000.00023h 39min 12s00h 20min 13s
    MesozóicaCretáceo146.000.00023h 13min 17s00h 25min 55s
    Jurássico208.000.00022h 53min 26s00h 19min 50s
    Triássico245.000.00022h 41min 36s00h 11min 50s
    PALEOZÓICAPermiano286.000.00022h 28min 29s00h 13min 07s
    Carbonífero360.000.00022h 04min 48s00h 23min 41s
    Devoniano410.000.00021h 48min 48s00h 16min 00s
    Siluriano440.000.00021h 39min 12s00h 09min 36s
    Ordoviciano505.000.00021h 18min 24s00h 20min 48s
    Cambriano544.000.00021h 05min 55s00h 12min 29s
    PROTEROZÓICA2.500.000.00010h 40min 00s10h 25min 55s
    ARQUEANA3.800.000.00003h 44min 00s06h 56min 00s
    HADEANA4.500.000.00000h 00min 00s03h 44min 00s
     

    Agora, imagine uma máquina do tempo que pode deslocar-se a uma absurda velocidade de 52.083 anos por segundo. Dessa forma, a cada 19,2 segundos percorre um milhão de anos.

    Sendo assim, pode-se fazer uma "viagem no tempo" iniciando às 0h00min, quando a Terra foi formada (há 4,5 bilhões de anos), e deslocar-se para o presente, de baixo para cima na Escala, até o fim do Quaternário, sabendo de antemão que levar-se-á exatas 24 horas nessa "viagem".

    Era Hadeana (de hades = inferno) seriam as primeiras 3h44min, e certamente, as mais monótonas de todas. Foi iniciou-se a formação da Terra a partir da poeira e gás que orbitavam o Sol há aproximadamente 4,5 bilhões de anos.

    Ao consolidar-se, a superfície do planeta transformou-se em um oceano de rochas em ebulição e enxofre líquido. Enormes crateras, resultantes do intenso bombardeio de asteróides e das explosões vulcânicas, completavam a paisagem.

    Com o tempo, formou-se uma atmosfera quente, densa e carregada de poeira e cinzas, sendo composta principalmente de nitrogênio, amônia, hidrogênio, monóxido de carbono, metano e vapor de água, oriundos dos vulcões.

    Qualquer rocha que conseguisse resfriar e tomar forma, era imediatamente soterrada por novo fluxo de lava ou explodia em pedaços atingida por outro asteróide.

    É provável que a Terra tenha sido atingida por um asteróide do tamanho do planeta Marte, ainda no início da Era Hadeana, arrancando um grande pedaço que acabou ficando em órbita do planeta, como seu satélite natural (a Lua).

    Jamais foram encontradas rochas dessa Era. Apenas meteoritos e rochas lunares são tão velhas. A Era Hadeana durou aproximadamente 700 milhões de anos, ou, numa escala de 24 horas, 3:44 horas. 

    Gradativamente o planeta perdeu calor, permitindo que o vapor de água exalado dos vulcões e oriundos dos cometas formasse as primeiras chuvas, de modo que por volta das 4h já se podia ver um imenso oceano cobrindo toda a Terra, ainda bastante quente (Era Arqueana).

    Era Arqueana iniciou-se 700 milhões de anos após a formação da Terra. A maior parte das rochas superficiais havia esfriado e a maior parte do vapor de água condensou-se, formando um oceano global.

    Até mesmo a maior parte do dióxido de carbono havia sido mudado químicamente e foi depositado no fundo do oceano como calcário. A atmosfera era então composta principalmente de nitrogênio e vapor de água, e o céu está repleto de nuvens.

    O interior da Terra ainda estava bastante quente e ativo e erupções vulcânicas eram comuns, formando um grande número de pequenas ilhas alinhadas em cadeias.

    Essas ilhas eram empurradas de sua posição original, como resultado dos movimentos que ocorriam em profundidade e, ocasionalmente, colidiam entre si formando ilhas cada vez maiores.

    Apesar dessas ilhas serem ainda estéreis, olhando bastante de perto seria possível enxergar, no imenso oceano original, inúmeras de bactérias e algas primitivas, que gradativamente assimilaram o dióxido de carbono da atmosfera, liberando oxigênio livre.

    Os mais antigos fósseis da Terra foram encontrado em rochas do Arqueano, com cerca de 3,5 bilhões de anos.

    O Arqueano durou aproximadamente 1,3 bilhões de anos ou 6h56min, até as 10h40min da manhã.

    Era Proterozóica foi a mais longa de todas, durando quase 2 bilhões de anos, até por volta das 21hmin hs na escala de 24 hs.

    Agora já havia bastante terra firme para ser vista. Dois supercontinentes acabaram por ser formados ao longo do equador, em lados opostos do planeta, resultado das colisões entre as pequenas ilhas iniciadas no Arqueano e que prosseguiram durante todo o Proterozóico.

    Uma vez que a Terra esfriou mais um pouco, existia uma menor quantidade de vulcões ativos e os núcleos dos dois continentes eram agora mais largos e bem mais estáveis.

    A vida não mudou muito ao longo desses 2 bilhões de anos, sendo encontrada ainda exclusivamente no oceano, porém as criaturas unicelulares, aparentemente tinham um núcleo verdadeiro e, faltando apenas 30 milhões de anos para o fim do Proterozóico (às 20h51min) surgiram as primeiras criaturas multicelulares.

    Tais criaturas ainda não possuíam partes duras, como conchas ou dentes, daí a dificuldades de serem encontrados seus fósseis.

    Apesar da aparente calma, um grande desastre estava em andamento. Durante os últimos 2 bilhões de anos, as algas e bactérias que dominaram o oceano das 11h até às 21h, consumiram bastante dióxido de carbono, liberando no processo um terrível poluente: o oxigênio livre.

    Boa parte desse oxigênio foi combinado com ferro e outros elementos, formando grandes depósitos minerais, não sem antes provocar um dos maiores desastres ecológicos que se tem notícia. A maioria das bactérias que dominaram o planeta até então eram anaeróbicas e, por não conseguir sobreviver nesse ambiente rico em oxigênio, foram dizimadas.

    A Terra, no final do Proterozóico, estava muito fria e coberta por uma imensa camada de gelo, visível mesmo ao longo das regiões equatoriais.

    A Era Proterozóica formou, junto com a Arquena e a Hadeana o chamado período Pré-Cambriano, que durou aproximadamente 4 bilhões de anos, quase 90% da História Geológica da Terra

    A partir das 21h06min tudo começou a acontecer de forma muito rápida. Entrou-se na Era Paleozóica (paleo = antigo + zoico = vida), que se estendeu até as 22h28min e que, por ter sido tão rica em eventos, teve que ser dividida em 6 períodos bem distintos.

    A atividade vulcânica, no Paleozóico, era bem mais amena, alternando-se períodos de calmaria com grandes explosões em todo o planeta.

    Os primeiros peixes, esponjas, corais e moluscos surgiram ainda no período Cambriano, mas teve-se que esperar pelo menos 12 minutos (até o período Ordoviciano) para ver as primeiras plantas terrestres.

    O clima mudava com tanta frequência que provocava sucessivas extinções em massa de espécies recém surgidas. Como agora as espécies passaram a apresentar partes duras (conchas, dentes etc.), algumas delas podiam ser preservadas como fósseis, possibilitando a sua descoberta e estudo.

    Finalmente os continentes foram invadidos por insetos. Milhões e milhões de diferentes espécies de insetos, alguns dos quais sobreviveram até hoje.

    No período Devoniano, por volta das 21h50min, ocorreu uma grande catástrofe ecológica que dizimou quase 97% de todas as espécies existentes. Passados mais 10 minutos, no período Carbonífero, grandes florestas e pântanos foram formados e destruídos sucessivamente, formando os depósitos de carvão explorados até hoje.

    Às 22h41min entrou a Era Mesozóica (a era dos répteis) que durou pouco menos que uma hora (180 milhões de anos).

    No início do Mesozóico assistiu-se à formação de um supercontinente, chamado hoje de Pangea, que foi depois dividido em dois grandes continentes que passaram a ser conhecidos como Laurásia, ao norte, e Gonduana, ao sul.



    Viu-se, também, o surgimento de uma imensa variedade de dinossauros, herbívoros em sua maioria, que reinaram no planeta durante mais de 160 milhões de anos.

    Por volta das 23h39min, porém, um meteoro de pelo menos 15km de diâmetro atingiu a atual península de Yukatan (México) jogando bilhões de toneladas de poeira na atmosfera. Uma grande noite se abateu sobre o planeta, impedindo a fotossíntese das plantas, que não puderam alimentar os herbívoros, que por sua vez não puderam servir de alimento aos carnívoros.

    Pelo menos a metade das espécies existentes foi extinta nessa grande catástrofe, inclusive todos os grandes dinossauros, abrindo espaço para que os mamíferos iniciassem o seu reinado, que perdura até os dias atuais.



    Faltando pouco mais que 20 minutos para o fim da viagem entrou-se na Era Cenozóica, e assistiu-se à fragmentação dos grandes continentes até a conformação atual.

    A América do Sul separou-se da África, surgindo o Oceano Atlântico Sul; a Austrália separou-se da Antártica e a América do Norte separou-se da Europa. Grandes cadeias de montanhas foram formadas nessa deriva continental e novos ecossistemas foram formados e isolados dos demais, permitindo a especialização de algumas espécies.

    Por volta das 23h59min57s (150.000 anos atrás), faltando apenas 3 segundos para o término desta viagem, viu-se os primeiros grupos de Homo sapiens caçando no continente africano. Essa nova espécie sobreviveu à última glaciação e migrou apressadamente para os demais continentes.

    Dominou todas as outras espécies e começou a usar a escrita e, portanto, a fazer História, no último décimo do último segundo.

    Quando é que surgiu o primeiro ser vivo?

    Apesar dos fenômenos que levaram à formação da Terra terem o seu início há 4,6 milhões de anos, como já visto, a prova de vida mais antiga encontrada na natureza são fósseis de seres vivos semelhantes a organismos do reino protista, com cerca de 3,5 milhões de anos na África do Sul e Austrália. Apesar de, durante estes milhões de anos o nosso planeta ter sido um planeta morto, foram-se criando as condições para o aparecimento da vida. 

    Mas onde é que surgiu a vida?

    Pensa-se que esse fenômeno terá tido origem no mar, sob condições completamente diferentes das que existem na atualidade. Experiências laboratorias têm tentado reconstituir o que terá se passado nos mares naquela altura. A atmosfera da Terra primitiva seria principalmente formada por hidrogênio, azoto e vapor de água. Estes gases, sujeitos à ação de várias fontes de energia, nomeadamente as elevadas temperaturas que se faziam sentir, teriam sido "cozidos", reagindo entre si, formando os primeiros compostos orgânicos, que eram moléculas muito simples. Os compostos formados na atmosfera primitiva transferiram-se depois para os oceanos, que ficaram carregados de substâncias minerais e orgânicas, transformando-se numa "sopa primitiva", muito nutritiva. Estas substâncias continuaram a reagir entre si, conduzindo à formação de substâncias mais complexas, incluindo aminoácidos, que são fundamentais à formação da vida. Estas moléculas constituíram, depois, unidades individualizadas do meio e com as condições ambientais apropriadas surgiram as primeiras células, ou seja, a Vida. Elas eram muito simples, semelhantes a bactérias. É claro que das substâncias orgânicas até ao aparecimento do primeiro organismo vivo, muitas reações químicas tiveram de ocorrer, mas elas ainda não estão completamente compreendidas.

    Passados dois mil milhões de anos, a vida continuava a restringir-se aos oceanos e a organismos unicelulares, muito simples. A atmosfera que até então tinha a mesma constituição, começa agora a ter oxigênio. 

    Como é que o oxigênio se formou?

    O oxigênio formou-se por atividade dos organismos vivos, mais precisamente através da fotossíntese realizada por algas microscópicas que flutuavam nos oceanos. No entanto, no início, o oxigênio era venenoso para os primeiros organismos e só muito mais tarde é que as formas de vida adquiriram as características dos organismos atuais.

    Como é que eram os primeiros seres vivos?

    Os primeiros seres vivos eram heterotróficos muito simples, que se alimentavam da matéria orgânica que existia nas águas. Depois disso apareceram os primeiros autotróficos, pois nos primeiros heterotróficos teria surgido a síntese da clorofila, substância que permitiu a esses seres utilizarem a energia luminosa e convertê-la em energia química, para manterem as suas atividades celulares. Estes seres, ao utilizarem a água para a fotossíntese, libertavam o oxigênio resultante para a atmosfera. Estava assim "inventada" a fotossíntese. Este processo evitava que os compostos orgânicos das águas se esgotassem, permitindo a evolução da vida para outros seres mais complexos. 

    Certos seres autotróficos e heterotróficos passaram, então, a utilizar o oxigênio nas suas reações vitais, como a respiração. À medida que o oxigênio foi se acumulando na atmosfera, ao reagir com as radiações solares, formou-se a camada de ozônio, que começou a reter os raios ultravioleta, permitindo que os organismos conquistassem o meio terrestre.

    As grandes extinções

    O mais conhecido dos cataclismos que causaram extinções em massa na Terra ocorreu há 65 milhões de anos e fez desaparecer os dinossauros. Mas a maior extinção terá sido a “Grande Extinção do Permiano”, que ocorreu há 250 milhões de anos, matando 90 por cento de todas as espécies marinhas e 70 por cento dos vertebrados terrestres. 

    O desencadear desta situação, segundo revelou uma equipe de cientistas norte americanos, deve-se ao impacto de um asteróide ou de um cometa na Terra, com um diâmetro entre 6 e 12 quilômetros, que foi seguido da maior atividade vulcânica que o planeta jamais conhecera, libertando-se grandes quantidades de energia. Além disso, verificaram-se alterações no teor de oxigênio dos oceanos, no nível destes e no clima em geral. 

    Para documentar estas conclusões, os investigadores basearam-se na análise de gases encontrados dentro de moléculas na camada geológica que marca a passagem do Cretássio para a o Terciário, na China, no Japão e na Hungria. 

    Estas complexas moléculas de carbono, chamadas futebolenos, foram deixadas na Terra em grande número pelo impacto, e têm a particularidade de encarcerar na sua estrutura circular, gases nobres, como o hélio e o argônio. 

    Os cientistas encontraram nas moléculas isótopos desses gases, que são raríssimos na Terra, e apenas se formam em ambientes de temperaturas e pressões extremamente altas, em estrelas de carbono, atribuindo-lhes, assim, uma origem espacial.

    A cratera do impacto ainda não foi encontrada, o que deverá ser complicado, vendo-se que foram necessários 12 anos para detectar a cratera de Chicxulub, no Golfo do México, que possivlemente foi produzida na época da extinção dos dinossauros.




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